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Somos o Skate Poético! Um projeto social itinerante localizado na cidade de São Paulo. Com um público alvo diverso, buscamos atuar em regiões de grande vulnerabilidade social e segregação urbana. Nossa missão é a promoção de atividades envolvendo lazer, cultura, esporte e educação. Com isso, a periferia renasce na interação skate e poesia.


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Skate e poesia tem tudo a ver... 

O poeta é aquele que tem a sensibilidade para enxergar coisas que a maioria das pessoas não percebem, dando ressignificado às palavras e a maneira de enxergar o mundo que o cerca. Para o poeta, as relações sociais, os fenômenos da natureza etc., podem ser reinterpretados e transformados em palavras cheia de sentidos para seus usuários. 


Nesse sentindo, por sua vez, o skatista é um poeta em potencial. Pois ser skatista é perceber a cidade e os equipamentos públicos que a compõem de maneira muito peculiar, é - através do ato da observação - utilizar todo o seu potencial criativo para redesenhar a paisagem de concreto. Andar de skate é dar um novo significado àquilo que já está consolidado na sociedade, reivindicando a cidade e reinventado os equipamentos urbanos para além de sua finalidade convencional. Nesse sentido, faço uma analogia que se sustenta na seguinte reflexão: o poeta tem a sensibilidade de reinventar o significado das palavras, ao passo em que o skatista faz a releitura dos equipamentos urbanos, dando ressignificação e reinventando a maneira de sua utilização. 


Assim, um corrimão de uma escada pode, facilmente, ser transformado em poesia ao passo em que para o skatista não serve apenas para a segurança do cidadão, mas como um "obstáculo" a ser vencido. Um banco de praça não serve apenas para se sentar, mas para ser deslizado com o skate. Portanto, Skate é poesia, e quem anda de skate tem um olhar de poeta, pois tem a sensibilidade de perceber as coisas de uma maneira única, peculiar, de modo que a grande maioria das pessoas não percebem, transformando a arquitetura urbana em estímulos para o exercício e desenvolvimento de sua corporeidade. 


O skatista recita a cidade. Daí, skate poético!

Escrito por: Nanderson SIlveira dos Santos


Imagens que poetizam! 

Fotos: David Rodrigues 


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